Sobral de Monte Agraço – Dia 25 de Abril, às 16 horas – Festival Taurino Misto. Cavaleiros: António Prates e Joaquim Brito Paes; Matadores: António Ferrera, Joaquim Garrido, Manuel Dias Gomes e Joaquim Ribeiro “Cuqui”; Grupo de Forcados Amadores de Lisboa; Ganadaria: Falé Filipe; Director de Corrida: Ricardo Dias; Médico Veterinário: Dr. Jorge Moreira da Silva; Entrada de Público: Meia Casa; Tempo: Ameno.

Abriu o festival o cavaleiro António Prates que enfrentou um bonito toiro de Falé Filipe que lhe permitiu rubricar alguns bons momentos de toureio, mas faltando-lhe humilhar, tardando no momento do ferro e tapando a saída. António Prates logrou superar estas adversidades e esteve dinâmico, colocou ferros de boa nota, destacando- se o palmito com que encerrou a lide. (Volta)

Após um vistoso e elegante tércio de capote, o consagrado matador António Ferrera evidenciou os seus bastos recursos técnicos e artísticos numa poderosa faena de muleta, “compondo” as investidas do novilho, bordando o toureio com aplaudidos derechazos e sentidos passes de peito.

Como é seu timbre, o matador pacense estabeleceu uma imensa empatia com o público. (Volta) O terceiro novilho, apresentou-se com pouco recorrido, investindo descomposto, sem humilhar, o que mais dificultou o labor do muito apreciado diestro espanhol José Garrido, que, ainda assim, logrou rubricar alguns pormenores de belo efeito estético, embora sem grande emoção, pois a matéria-prima de que dispôs não lhe permitiu mais. (Volta)

Manuel Dias Gomes enfrentou um novilho com alguns problemas de visão, mais notórios no tércio de bandarilhas, mas na muleta o matador encontrou a distância em terrenos do hastado, rubricando vistosos e profundos derechazos, sacando tudo o que o novilho tinha para dar.  Dias Gomes atravessa um apurado momento, evidenciando-o eloquentemente na arena, evitando toques na muleta e superando bem as dificuldades impostas pelo seu oponente, templando e mandando nas aplaudidas séries, saindo em plano de triunfo. (Volta)

A última lide a pé coube ao matador Joaquim Ribeiro “Cuqui”, que se houve com um novilho difícil, que ganhou sentido muito cedo, complicando as legítimas aspirações do diestro moitense. Porfiou muito, mas alcançou pouco, pois o seu oponente não lhe deu nenhumas opções. Esteve digno, voluntarioso, mas era impossível fazer mais. No final, não deu volta.

E o Festival terminou como iniciara, com uma lide a cavalo. Joaquim Brito Paes enfrentou o toiro mais bonito da tarde, mas pouco disposto a facilitar a vida ao jovem marialva. Com investidas curtas, e às vezes bruscas, este novilho pediu as credenciais ao auspicioso cavaleiro que logrou vencer este desafio, colocando a maioria dos ferros em sortes sesgadas, e, pondo toda a carne no assador, cravou um poderosíssimo curto em sorte frontal, que foi muito aplaudido pelo respeitável, que soube avaliar bem o seu mérito. (Volta)

Os toiros lidados a cavalo foram pegados pelo Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, neste que foi o seu primeiro compromisso da temporada em que celebra o seu 80.º aniversário, tendo estado no seu habitual plano de competência e dignidade.

Nesta tarde foram solistas Martim Marques, que consumou vistosa pega ao primeiro

intento, e Miguel Santos, que rubricou uma valorosa pega, aguentando uma viagem muito turbulenta, no que contou com uma eficaz ajuda do Grupo. Direcção atenta e correcta de Ricardo Dias, bem assessorado pelo veterinário Dr. Jorge Moreira da Silva, numa agradável tarde em que também as quadrilhas andaram em bom plano.

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