Em 2020 e 2021, Santarém celebra 40 anos do Festival Nacional de Gastronomia. O Programa das celebrações pretende dinamizar inúmeras iniciativas com o objectivo de reforçar a importância do Festival Nacional de Gastronomia de Santarém e o estatuto de Santarém como Capital Nacional da Gastronomia.
Foi neste espírito, de “criatividade e dinâmica” que surge o evento “Sabores e Saberes, 40 anos de História”, a realizar-se na Casa do Campino – que arrancou ontem, quinta-feira, decorrendo até a 25 de Outubro, sendo a celebração da Gastronomia o palco principal do evento que contará com uma exposição dos 40 anos do Festival Nacional de Gastronomia, a realização de conferências, demonstrações gastronómicas confeccionados por chefs de âmbito nacional e local, sendo estes alguns dos ingredientes desta celebração, que terá uma forte componente digital, com diversas transmissões on-line.
Qual foi a ideia que esteve subjacente a este certame?
O ‘Sabores e Saberes – 40 Anos de História’ surge de uma questão essencial, que foi a de adiar, para 2021, a 40ª edição do Festival Nacional de Gastronomia (FNG). É importante que fique claro: apresentámos um programa de celebrações em torno dos 40 anos do FNG, e o que se decidiu, há uns meses atrás, devido à pandemia, é que a 40ª edição da FNG seria adiada para 2021.
Surgiu, portanto, este evento porque não gostamos de estar parados. Desenhámos um certame alternativo ao qual chamamos ‘Sabores e Saberes – 40 anos de História’, onde vamos, de forma inovadora, promover interacção entre os restaurantes que habitualmente estão presentes no FNG com os restaurantes de Santarém.
Em certa medida é uma resposta a uma das observações dos agentes locais de restauração, de que havia falta de interacção com os restaurantes de Santarém. E aqui, temos, precisamente, um ponto de viragem. E o que vai acontecer de 15 a 25 de Outubro vai ter efeitos para o futuro.
Com esta atitude, de querer assinalar o momento, decidimos promover este intercambio, mas também trazer nomes impactantes desta área que é a gastronomia. Dai a presença de José Avillez, um dos melhores do mundo, Victor Matos, Miguel Gameiro e Rui Paula, quatro grandes momentos de gastronomia de excelência. Trazendo os melhores a Santarém, estamos também a dar palco à gastronomia local. Dar amplitude nacional e internacional, e afirmar Santarém como capital nacional da a gastronomia.
Isto surge incluído numa programação de que continua bem vincada, de Janeiro de 2020 a Dezembro de 2021, estamos a celebrar 40 anos do FNG, e este evento é mais um evento das dezenas que iremos promover.
Quais as expectativas da organização?
As expectativas são elevadas, não só pelo que estamos a promover na Casa do Campino, com estes chef’s, mas também por tudo aquilo que temos preparado. Em particular, vamos ter uma exposição dos 40 anos do FNG e a melhor forma de preparar o futuro é não deixar de honrar o passado.
Houve um conjunto de homens e mulheres que contribuíram para que o FNG tenha hoje a importância que tem. E vamos contar às novas gerações a evolução deste festival.
Depois, nesta altura que estamos a viver, dar a possibilidade à economia local de dinamização: a vinda dos restaurantes do festival aos restaurantes locais promove uma dinâmica muito interessante.
Santarém tem já uma dinâmica muito interessante que atrai publico, que é um dos objectivos dos organizadores.
Neste momento difícil, a restauração tem aqui este evento, que permite ter mais público. Vamos ter oportunidade de provar Portugal de norte a sul nos restaurantes de Santarém.
Quando apresentaram esta proposta aos restaurantes como foi acolhida?
Muito bem. Quando contactamos, primeiro, a restauração de fora para ver se havia interesse, havia. Os daqui gostaram bastante da ideia.
Abordamos os mais de 100 restaurantes que existem em santarém. Aliás, um dos momentos altos deste evento vai ser a apresentação do guia gastronómico de Santarém.
Convidamos todos a participar, os que tiveram interesse, tiveram esta possibilidade de receber os restaurantes de fora nos seus restaurantes.
Na Casa do Campino vamos também ter diversas demonstrações gastronómicas promovidas por restaurantes do concelho. Mais um palco para que a restauração local possa mostrar aquilo que de bom faz no seu dia-a-dia.
Todos estes eventos que se vão desenrolar na Casa do Campino terão transmissão online, daí, mais um palco para os restaurantes.
Vai ser importante também para a economia local. Uma forma de apoiar a restauração de forma dinâmica e criativa. Vai ser possível provar o ‘Pica no Chão no OH!Vargas, ou a Dona Chica do Alentejo, que vem no dia 18 a um restaurante de Santarém, entre inúmeras outras propostas. Santarém é uma marca forte a nível nacional e estes eventos contribuem bastante para isso.
Como é que foi financiado este evento?
Conseguimos envolver privados, e o investimento da Viver Santarém e do Município será colmatado por esses parceiros. O Investimento não exige esforço do erário público: temos 12 patrocinadores que acreditaram no projecto e isso é importante. Vamos ter tudo isto que já falámos, vamos ter música com Herman José, Miguel Gameiro e os 3 Bairros, por valores que rondam os 70 mil euros suportados pelos parceiros e pelos patrocinadores conseguidos.
Como vai ser a dinâmica na Casa do Campino?
Elaborámos um plano de contingência para o evento, e iremos cumprir escrupulosamente as regras. Uso de máscara, desinfecção constante, número limitado para os eventos, distanciamento, limpeza, tudo isso está no plano de contingência, para que o evento decorra de forma exemplar.