A Panificadora Costa & Ferreira, cuja fábrica foi na quarta-feira destruída por um incêndio, informou hoje que vão ser realizadas vistorias técnicas para avaliar os danos e que a produção será retomada assim que possível.
Na sequência do incêndio que lavrou na fábrica de pão durante mais de cinco horas, a administradora da Panificadora Costa e Ferreira, Deborah Barbosa, esclareceu hoje que “a produção se encontra em ‘stand-by’” e que a empresa pretende “retomar a atividade o mais depressa possível”.
“Estamos profundamente tristes com o que se passou e estamos a fazer todos os esforços para podermos voltar a produzir o pão que milhares de portugueses têm preferência”, pode ler-se no comunicado enviado à agência Lusa.
De acordo com a mesma responsável, nas instalações localizadas na localidade de Alto da Serra, no concelho de Rio Maior, decorre a “fase de rescaldo, sendo realizadas as vistorias técnicas nos próximos dias”.
Questionada pela Lusa, a empresa afirmou não ter ainda quantificados os prejuízos decorrentes do incêndio, aguardando o resultado das vistorias para determinar “a extensão dos danos”.
O incêndio deflagrou às 13:10 de quarta-feira e as chamas afetaram a cobertura e provocaram o desabamento de uma parte do edifício, obrigando à retirada de 94 trabalhadores que se encontravam nas instalações.
“Nenhum trabalhador sofreu ferimentos graves”, refere a empresa no comunicado, em que garante disponibilizar “todo o apoio” que os 240 funcionários da panificadora possam necessitar.
No comunicado, Deborah Barbosa agradeceu ainda a intervenção das entidades de proteção civil e de emergência e o apoio da Câmara Municipal de Rio Maior, afirmando estar “em contacto permanente com as entidades no acompanhamento de toda a situação”.
O combate ao incêndio prolongou-se por várias horas e mobilizou mais de 60 bombeiros de várias corporações da região, apoiados por 26 veículos.
A Sociedade Panificadora Costa e Ferreira é, desde 1990, responsável pela produção do Pão de Rio Maior, o primeiro produto do setor da panificação a ser certificado em Portugal.
Conta com 240 trabalhadores e um complexo de fabrico de 85.000 metros quadrados, onde são produzidos pães para os mercados nacional e internacional.