O presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha defendeu que a região do Médio Tejo, “pela sua centralidade”, deve transformar-se numa “grande aérea de logística”, para “criar valor, gerar emprego e fixar populações”.

Fernando Freire discursava perante a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno, na cerimónia de inauguração de um ninho de empresas, tendo feito notar a “necessidade de um plano nacional estratégico para os transportes, para a logística e para a carga”.

O autarca defendeu que “só assim será possível encontrar uma estratégia nacional que promova o aumento das exportações e a sustentabilidade da nossa economia”.

Acompanhado pela presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Anabela Freitas, o autarca solicitou o apoio de fundos europeus para o efeito, estando , tendo feito notar os “enormes desafios se avizinham com uma envolvente social e económica de competitividade”, estratégia que, defendeu, deverá ser “alicerçada na intermodalidade e em eficientes conexões”.

Nesse sentido, apontou os sectores rodoviários (no eixo Alcanena – Barquinha), os ferroviários (no eixo Riachos – Torres Novas – Entroncamento) e os aeroportuários, onde, notou, “deverá estar Tancos, com um aeroporto de mercadorias, operações militares e protecção civil no eixo Barquinha, Constância e Abrantes”, tendo feito evidenciar as “vantagens para toda a região” do Ribatejo, Beira Baixa e Alto Alentejo.

“Tanto a mutabilidade de pessoas como a carga se movimentariam em verdadeiras e autênticas “placas giratórias” modernas e eficientes, que ajudariam a uma maior mobilidade de pessoas, bens e mercadorias”, tendo reiterado a centralidade da região do Médio Tejo com a parte ferroviária (nó do Entroncamento), rodoviária (nós da A1, A13 e A23) e o aeródromo de Tancos” como pontos fortes na consecução desta estratégia.

Dirigindo-se à ministra da Coesão Territorial, o autarca disse que “as assimetrias territoriais são de tal forma acentuadas (?) que as políticas públicas de valorizar as zonas de baixa densidade não podem deixar de ser continuadas e reforçadas, ademais no actual contexto da pandemia do Covid-19 e dos seus efeitos sanitários, económicos e sociais”.

Ana Abrunhosa, por sua vez, afirmou que a CIM do Médio Tejo “é uma referência ao nível do trabalho intermunicipal”, tendo feito notar, em tom descontraído, que “é a presidente da CCDRC quem tem a chave do cofre”, numa alusão aos fundos comunitários.

A governante deixaria o “compromisso de trabalhar e robustecer a ideia apresentada”, no âmbito da estratégia delineada pela CIM Médio Tejo.

O Cais – Ninho de Empresas de Vila Nova da Barquinha, foi hoje inaugurado após um investimento na ordem dos 700 mil euros e que implicou a requalificação de dois edifícios degradados do centro histórico.

Com capacidade para cerca de uma dezena de empresas, essencialmente start ups, esta era uma das intervenções previstas no Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU) de Vila Nova da Barquinha, no âmbito da candidatura ao Programa Operacional Regional – Centro 2020, com um custo total de cerca de 630 mil euros, sendo elegível 550 mil euros com comparticipação de 85% do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), suportando o município, nesta obra, cerca de 160 mil euros, no edifício, a que acresce todo o investimento em mobiliário não elegível em candidatura.

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