No passado domingo, dia 17 de outubro, foi finalmente concluído o processo autárquico no distrito de Santarém.
Devido ao empate na votação em Pernes, em 26 de setembro, verificou-se agora a repetição do ato eleitoral para a Assembleia de Freguesia e que culminou com uma vitória do PS.
O processo ao nível distrital apresentou uma grande surpresa: o Cartaxo.
O PSD venceu as eleições naquele concelho, pela primeira vez na história da democracia, resultado tão surpreendente quanto o facto de a vitória ser obtida por maioria.
Existiram mudanças igualmente nos concelhos de Alcanena, Alpiarça, Golegã e Ferreira do Zêzere.
Em três casos verifica-se uma mudança partidária, noutro caso há uma mudança para um movimento dito “independente”.
Destes 4 casos, destaco a vitória do Bruno Gomes em Ferreira do Zêzere.
O Bruno é um apaixonado pela sua terra.
Sempre o conheci assim. E nunca desistiu do seu objetivo de se colocar ao serviço de Ferreira de Zêzere.
Nos restantes concelhos não se verificaram as chamadas mudanças de poder.
Em Santarém, o PSD perdeu uma maioria absoluta, perdeu juntas de freguesia, incluindo a da Cidade e perdeu a eleição para a Assembleia Municipal.
Ainda assim, conseguiu vencer as eleições, mesmo tendo perdido cerca de 1.900 votos.
O PS ficou perto do seu objetivo, uma vez que ganhou em quase toda a linha: mais freguesias (9 em 18), maior votação para a Assembleia Municipal e a vitória na Assembleia de Freguesia da Cidade.
Faltou a eleição da votação para a Câmara.
Estranhamente, ou talvez não, o PS ainda assim teve um pior resultado que em 2017 e 2013 na votação para a Câmara, o que deverá fazer refletir sobre o futuro.
Refletir sobre o futuro, é o PS de forma clara e transparente, pensar seriamente como ganhar em 2025 e começar já a trabalhar para esse objetivo.
Não tenho dúvidas que não faltarão possíveis candidatos nessas eleições, ainda para mais aproveitando o fim do mandato de Ricardo Gonçalves como Presidente de Câmara.
A mudança terá assim de ocorrer, seja dentro do poder atual ou vinda do exterior.
Pela minha parte, tranquilizo já algumas almas mais ou menos penadas, afirmando que pretendo terminar no final deste mandato, como Presidente de Assembleia de Freguesia da União de Freguesias da Romeira e Várzea, este período ininterrupto de funções como autarca no meu concelho.
Irei aí totalizar, como espero, 16 anos consecutivos ao serviço do meu concelho e dos seus diversos órgãos autárquicos: na Assembleia Municipal, na Vereação e na Assembleia de Freguesia.
E sinceramente, ao fim de 16 anos, julgo que estará na altura de dar lugar a outros.
Afinal, ontem como hoje, continuo a achar que renovação é fundamental na política e não vale a pena defendê-la sem praticá-la.