O município da Chamusca vai alargar a campanha de esterilização de cães e gatos, de forma a controlar a população destes animais e de eliminar o recurso à eutanásia, em cumprimento da Lei 27/2016. Lei esta que proíbe o abate de animais errantes como forma de controlo populacional.
No primeiro ano, a autarquia da Chamusca apresentou uma candidatura à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e conseguiu financiamento para apoiar a execução dos processos de esterilização. O município estabeleceu um protocolo com a Associação dos Amigos dos Animais e do Ambiente da Chamusca (AAAAC) para fazer esta função, na qual resultou a esterilização de 404 animais em todo o concelho.
Em 2019, a autarquia voltou a ser financiada pela DGAV e em conjunto com a AAAAC volta a ter uma nova campanha de esterilização que decorre até final de Novembro, à imagem da de 2018.
Este ano, a novidade é que a esterilização é alargada também aos animais de companhia domésticos (cães e gatos). Os munícipes que tenham animais de companhia domésticos e que queiram fazer a sua esterilização, basta que se dirijam ao Balcão Único do Município ou junto da AAAAC, procedam à inscrição dos seus animais e depois serão contactados para a marcação do ato, que é realizado em clínica veterinária habilitada para o efeito, contratada pelo Município da Chamusca.
No caso dos animais errantes, a associação vai fazer a identificação dos mesmos, proceder à sua recolha e esterilização e acolhê-los temporariamente no período de recobro após o ato médico-veterinário. O acolhimento é feito nas instalações do Centro de Atendimento Temporário de Animais da Associação.
O protocolo entre a autarquia e a Associação dos Amigos dos Animais é de cariz não financeiro e é concretizado através da gestão do processo de recolha e acolhimento dos animais bem como do encaminhamento dos mesmos para os serviços veterinários para se proceder à sua esterilização.
O investimento total do Município da Chamusca em 2019 deve rondar cerca de 25 mil euros, e inclui o processo de esterilização, a aquisição de chips para rastrear os animais esterilizados e as deslocações necessárias para a sua recolha e tratamento.
Recorde-se que, em 2018, o Município ofereceu também vários sacos de ração para fazer face às despesas com os animais em recobro e forneceu 350 chips electrónicos para serem colocados nos animais após o processo de esterilização. Estes chips são importantes mecanismos para identificar os animais já esterilizados e fazer a manutenção e controlo das respectivas colónias de cães e gatos. Em 2019, o Município mantém o apoio e vai fornecer também os chips, cerca de 400 unidades.