A militante do Chega Manuela Estêvão assumiu na segunda-feira o cargo de vereadora na Câmara Municipal de Santarém, em substituição de Pedro Frazão, criticando a actual liderança do executivo pela ausência de um plano estratégico para a cidade.

“Os meus objectivos são fundamentalmente definir um plano estratégico para Santarém, porque Santarém não tem nenhum plano estratégico. A gestão municipal tem a obrigação de criar uma rota de investimento”, disse Manuela Estêvão, em declarações à agência Lusa.

“Uma coisa é investimento privado que nos procura outra coisa é termos um plano estratégico”, insistiu a ex-presidente da distrital do partido em Santarém.

Pedro Frazão deixou a vereação em Santarém para, segundo o próprio, estar mais focado na Assembleia da República, onde é deputado, e na vice-presidência do partido.

Para a nova vereadora, embora “existam iniciativas pontuais que atraem visitantes” à capital de distrito, não são suficientes “para revitalizar a economia local”.

Entre as críticas apontadas ao actual executivo – liderado pelo PSD, que um acordo de governação com o PS – a autarca mencionou ainda o “abandono do centro histórico”, defendendo a necessidade “de fixar pessoas no território” através da criação de postos de trabalho.

Manuela Estêvão – que durante 40 anos foi militante do PSD (partido pelo qual foi eleita vereadora no Cartaxo, no mesmo distrito, e deputada municipal) – criticou também o trabalho realizado pelo antigo vereador do Chega por não ter apostado numa “política de proximidade”.

“Somos pessoas completamente diferentes. Uma das críticas que lhe aponto é o facto de não ter ido a nenhuma das 18 freguesias e foi uma pena, porque se perderam três anos de ligação às pessoas, e o poder local é importante. Temos um ano para reverter esta situação”, afirmou, referindo-se às eleições autárquicas de 2025.

A vereadora considera que o actual bloco central no município posiciona o Chega “como a única alternativa de oposição à actual gestão municipal”.

“As pessoas querem uma mudança. Temos neste momento uma coligação entre o PS e o PSD, e não vai ser fácil a nenhum deles arranjar uma motivação para se candidatar um contra o outro. Eles não podem apontar culpas um ou outro porque foram cúmplices na gestão da autarquia. O partido Chega é o único partido de oposição”, sintetizou.

O executivo de Santarém, presidido pelo social-democrata João Leite, é composto por quatro eleitos do PSD, quatro do PS e um do Chega.

Leia também...

Arranca vacinação contra a covid-19 em Abrantes

A vacinação da população de Abrantes contra a covid-19 teve início na quarta-feira, no quartel de bombeiros, com a disponibilização de transporte para os…

Fogos em Ourém em resolução, mas ainda mobilizam mais de 700 operacionais

Os dois incêndios que lavravam no concelho de Ourém, em Espite e em Freixianda, estão em resolução desde esta madrugada, mas ainda mobilizam mais…

Abrantes estabelece protocolo para capacitar alunos em Suporte Básico de Vida

A Câmara de Abrantes vai avançar com um protocolo para formação de alunos em suporte básico de vida, tendo aprovado um apoio financeiro à…

Constância recebe Exercício internacional que envolve 1.100 militares

Mais de 1.100 militares oriundos de quatro países da NATO estão envolvidos, até sexta-feira, no Orion 23, o maior exercício anual conduzido pelo Exército…