Tatiana Gonçalves, dos Cortiçóis (Concelho de Almeirim) e Madalena Fernandes, do Malhou (Concelho de Alcanena) são responsáveis pela ilustração do cartaz do FITIJ 2019. As duas jovens, de 18 anos de idade, fizeram o curso de Artes Visuais na Escola Secundária Ginestal Machado. A organização convidou os alunos a realizar um cartaz dedicado ao Festival e o trabalho de Tatiana e Madalena foi o escolhido.

Como surgiu o convite para ilustrarem o cartaz desta edição do FITIJ?
Fizemos o secundário na Escola Secundária Dr. Ginestal Machado, em Santarém, e foi aí que o convite surgiu. Os organizadores do FITIJ contactaram as professoras de desenho do nosso curso de artes visuais com o intuito de fazer uma parceria entre a escola e o FITIJ. A partir desse convite foram elaborados vários cartazes entre as turmas de artes e o nosso foi o escolhido. 

Como foi o processo criativo da elaboração do cartaz?
O cartaz foi elaborado de raiz e deram-nos como tema “clown”, este era um elemento que tinha de estar presente, e a partir daí criamos o nosso “clown”, a identidade do FITIJ deste ano.

Já fizeram mais trabalhos deste género ou este foi mesmo o primeiro?
Tatiana Gonçalves (TG): Sim já fiz alguns trabalhos. Realizei alguns cartazes de divulgação de eventos desportivos.
Madalena Fernandes (MF): Sim, desenvolvi também o cartaz do ENCI.

O que sentem ao ver a vossa criação espalhada pela cidade?
Sentimos um carinho gigante pelo nosso trabalho, é uma grande satisfação vê-lo nestas dimensões, porque é um pedacinho nosso que está exposto por toda a cidade, é um reconhecimento gigante. Foi um processo moroso até chegar à criação final, mas compensa, sem dúvida, todo o tempo investido neste trabalho.

Acham que este trabalho lhes pode abrir portas nesta área?
Claro que sim! É um trabalho que está exposto a muita gente e outras organizações podem ver, portanto achamos que pode abrir muitas portas.

Qual é a mensagem que pretendem transmitir com esta obra?
Vivemos um movimento contemporâneo e desfigurativo, portanto pegamos naquilo que era o real, que tinha de estar presente no cartaz, e tentamos transformá-lo noutra linguagem, para que cada pessoa pudesse fazer a sua própria interpretação.

O design gráfico é uma área que gostariam de seguir no futuro ou ponderam outra área de formação?
TG: Neste momento estou a tirar uma licenciatura em Arte Multimédia na faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. O design gráfico também é uma das áreas pela qual me interesso e na qual espero vir a fazer mais trabalhos.

Estão receptivas a receber mais propostas para trabalhos como este?
Sim claro! Todas as propostas são bem-vindas e ficamos muito contentes que as pessoas gostem do nosso trabalho e que queiram trabalhar connosco. Quantos mais realizarmos mais oportunidade temos de vir a evoluir nesta área.

Leia também...

“No Reino Unido consegui em três anos o que não consegui em Portugal em 20”

João Hipólito é enfermeiro há quase três décadas, duas delas foram passadas…

O amargo Verão dos nossos amigos de quatro patas

Com a chegada do Verão, os corações humanos aquecem com a promessa…

O Homem antes do Herói: “uma pessoa alegre, bem-disposta, franca e com um enorme sentido de humor”

Natércia recorda Fernando Salgueiro Maia.

“É suposto querermos voltar para Portugal para vivermos assim?”

Nídia Pereira, 27 anos, natural de Alpiarça, é designer gráfica há seis…