Pedro Adão e Silva, há pouco tempo nomeado Comissário das comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril, sociólogo, professor universitário e comentador político e desportivo na televisão, é o novo titular da pasta da Cultura, substituindo a Dr.ª Graça Fonseca, de má memória para os aficionados portugueses.
Pedro Adão e Silva Cardoso Pereira nasceu em Lisboa, em 1974, é professor no ISCTE-IUL, desde 2007, tendo-se licenciado em Sociologia, também no ISCTE, em 1997. Concluiu o doutoramento em Ciências Sociais e Políticas no Instituto Universitário Europeu, em Florença, em 2009, com uma tese sobre a europeização das políticas sociais. Integra a Direcção do CoLABOR – Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Protecção Social e é vice-presidente do Instituto para as Políticas Públicas e Sociais, de Lisboa (IPPS-IUL).
Da sua trajectória pública não conhecemos muito sobre o seu pensamento em relação à Tauromaquia, no entanto, em 2018, quando Graça Fonseca afirmou que “as touradas são uma questão civilizacional”, Pedro Adão e Silva comentou que “a ministra da Cultura, cometeu um erro e uma imprudência ao condenar a tauromaquia por uma questão “civilizacional”, considerando que a partir desse momento Graça Fonseca ficaria fragilizada politicamente.
Na altura, tendo sido convidado a comentar a controvérsia em torno das corridas de toiros estimulada por Graça Fonseca, o agora ministro referiu que “o Partido Socialista deve ter uma postura tolerante e aberta em relação aos comportamentos de todos, mesmo os que tem dificuldade em compreender”. Não querendo dizer muito – porque uma coisa é opinar enquanto cidadão descomprometido com o poder e outra coisa é estar investido em funções governativas – sempre revela um pouco mais de ponderação do que a sua antecessora.
Louve-se a prudência!
Quem o conhece bem é o Dr. Elísio Summavielle, antigo Secretário de Estado da Cultura e actual Director do Centro Cultural de Belém, que considera que esta “É uma boa escolha, para mim foi uma surpresa e acho que a Cultura vai ganhar com isso”, acrescentando que conhece “bem Pedro Adão e Silva, desde que ele era miúdo, é muito sensato, trabalhador e independente dos lobbies da Cultura, e não é anti-taurino, já falou nisso várias vezes como comentador, é um homem de cultura e de liberdade, é uma boa escolha para a pasta”. Antes assim. É sempre bem-vindo quem vier por bem!