A União Desportiva de Santarém inicia este domingo, às 16h00, no estádio do Bonfim, em Setúbal, frente ao Vitória, a luta por um dos dois lugares que ditam a subida à Liga 3 na próxima época.

Carlos Fernandes coloca o mérito nos jogadores, mas desde que assumiu a equipa soma o bonito pecúlio de 13 vitórias, um empate e uma derrota.

Nesta breve entrevista ao ‘Correio do Ribatejo’ deixa o aviso à concorrência: “quem não nos respeitar vai ter dificuldades”.

13 vitórias, um empate e uma derrota, um total de 40 pontos conquistados. Esperava estes resultados quando aceitou assumir o comando técnico da equipa? Que balanço faz da época. Principais dificuldades e os melhores momentos?

Eu espero sempre os melhores resultados, só assim faz sentido, competir para ganhar esse é o respeito que este jogo nos merece. Se juntarmos a isso a capacidade que reconheço aos nossos atletas, o optimismo consciente, está presente sem dúvida.

O balanço não poderia ser melhor, os atletas estiveram a um nível muito bom e quando assim é fica mais fácil passar ideias e comportamentos, foi uma segunda volta com um nível exibicional e de resultados poucas vezes visto ao nível do Campeonato de Portugal, temos que estar todos muito orgulhosos da forma como os atletas se comportaram semana a após semana na defesa das cores da União de Santarém. Consistência foi o que nos fez estar aqui depois de uma primeira fase muito difícil.

Que União veio encontrar?

Encontrei um balneário que reconhecia em si talento, mas os resultados não estavam de acordo, por isso o nosso trabalho, entre outras coisas, foi trazer os atletas ao pensamento normal, mentalidade competitiva forte.

A União já conhece o sorteio da fase de subida. Moncarapachense, Lusitânia dos Açores, e o histórico Vitória de Setúbal. Acredita que é possível ficar à frente de duas destas equipas e subir à Liga 3?

Eu não acredito em nada, eu simplesmente sinto e sei que vamos competir de igual para igual com todas as equipas. Respeitando todas de igual forma, sabendo que quem não nos respeitar vai ter dificuldades. Uma União com vontade de competir com os melhores.

Do que conhece dos seus três próximos adversários, o que se espera de cada um deles e quem será o mais favorito?

Na teoria, o Vitória é o favorito, mas sabemos que a teoria vale o que vale e no Campeonato de Portugal a teoria vale muito pouco.

Espera-se por isso grande dificuldade em todos os jogos independentemente de se jogar em casa ou não.

Já tem proposta para permanecer no clube na próxima época, independentemente dos resultados alcançados nesta fase? Ou a sua continuidade está dependente da subida?

Claro que falo com o nosso presidente e director desportivo sobre o futuro, só assim faz sentido. Se a minha continuidade depende disto ou daquilo, isso é uma pergunta que tem que ser feita à estrutura.

Caso a subida à Liga 3 se confirme pensa continuar no clube?

Com muita frequência falo aos meus atletas sobre ambição e sempre que o refiro, também lhes digo que temos sempre que valorizar o que temos e o União de Santarém é um clube que nos dá estabilidade para sermos melhores amanhã.

Por isso o meu objectivo é ser competente e segurar a cadeira que ocupo.

A equipa precisa de ser reforçada, caso suba? Em que sectores?

Reforços virão e atletas irão sair, o normal no mercado de Verão. O que é facto é que temos aqui o grosso do plantel para a próxima época.

Como vê o UDS como clube. Tem sentido o apoio dos adeptos e da direcção do clube?

Um clube que tem que estar na liga 3. Santarém tem que estar no mínimo na liga 3 e a União de Santarém é esse clube. Temos uma estrutura que nos apoia diariamente que nos trata bem, e os meus atletas têm tido o mérito de trazer a cada jogo mais pessoas ao nosso campo.

Que mensagem quer-lhes deixar antes do apito inicial para a 1.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato de Portugal?

A mensagem é o que todas as pessoas que acompanham este jogo sabem, com um apoio forte vindo de fora claramente somos mais fortes.

Por isso, que Santarém esteja connosco.

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