Évora – 28 de Outubro, às 17 horas – Corrida à Portuguesa. Cavaleiros: Luís Rouxinol, Gilberto Filipe e João Moura Caetano; Forcados: Amadores de Évora e Real Grupo de Moura; Ganadaria: Santa Maria; Director de Corrida: Domingos Jeremias; Veterinário: Dr. Carlos Santana: Entrada de Público: ¾ da Lotação.

A Arena d’Évora abriu no passado sábado pela última vez as portas na Temporada 2023 para receber uma corrida de toiros que anunciava um cartel variado e com bastos motivos de interesse. O público respondeu e preencheu cerca de três quartos da lotação do tauródromo eborense.

Os toiros de Santa Maria primaram quanto a apresentação e saíram nobres na generalidade, com os seus quês, como convém, destacando-se pela positiva o que foi lidado em quinto lugar e sendo mais difícil o terceiro da ordem.

Luís Rouxinol esteve em tarde muito inspirada lidando a preceito ambos os toiros que lhe couberam em sorteio, privilegiando as sortes frontais, superiormente rematadas, e correspondeu aos fortes aplausos do público com ferros de apoteose de muito belo efeito. Culminou a sua última função com um vistoso par de bandarilhas, o que é, consabidamente, a marca da casa.

Gilberto Filipe pautou esta passagem pela Arena d’Évora por duas lides muito meritórias. Frente ao seu primeiro bregou como mandam as regras e colocou a ferragem, comprida e curta, em sortes muito correctas, tendo rematado esta sua actuação com um vistoso ferro de violino. Frente ao melhor toiro da corrida Gilberto Filipe desenhou uma apreciada lide, escolhendo correctamente os terrenos e as distâncias e colocou a ferragem em sortes poderosas e emotivas. Num alarde de destreza cravou os dois últimos ferros curtos com a montada sem a cabeçada, o que o público muito aplaudiu.

João Moura Caetano regressou a Évora, onde já não toureava há algumas épocas, e, naturalmente, ia com todas as ganas. Teve a infelicidade de o seu primeiro oponente não lhe facilitar a vida, mas mesmo assim o marialva alentejano desincumbiu-se galhardamente da sua missão e esteve muito por cima do toiro. Frente ao último da corrida, Moura Caetano exibiu-se em grande nível. Recebeu o toiro à porta gaiola e cravou dois bons ferros compridos. Com os curtos, e montando o Campo Pequeno, desenvolveu uma lide muito templada, preparando e rematando as sortes superiormente.

A finalizar esta sua actuação cravou dois ferros citando o toiro de costas, em jeito das “mourinas”, o que foi muito apreciado pelo respeitável.

As pegas estiveram cometidas aos valorosos Grupos de Forcados Amadores de Évora e Real Grupo de Moura. Pelos eborenses abriu praça Gonçalo Pires, que se despediu com uma grande pega à primeira tentativa, após 20 anos de dedicação ao Grupo; João Madeira consumou à primeira tentativa uma rija pega ao terceiro toiro da ordem; e a fechar a temporada dos Amadores de Évora pegou o Cabo José Maria Caeiro, que concretizou uma grande pega à segunda tentativa. O Real Grupo de Forcados Amadores de Moura consumou todas as pegas ao primeiro intento, tendo o forcado Rui Branquinho concretizado a melhor pega da tarde, distinguida com o prémio em disputa, e as restantes foram bem concretizadas por Rui Aleixo e Gonçalo Caeiro.

A corrida foi bem dirigida por Domingos Jeremias assessorado pelo médico-veterinário Dr. Carlos Santana, e os bandarilheiros andaram em bom plano.

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